POLICIAL
Idoso vendedor de frutas tem kombi queimada por mulher
Noel Isidoro da Silva, de 62 anos, não esconde a tristeza ao olhar a antiga Volkswagen Kombi destruída pelo incêndio criminoso, o segundo episódio recente nas proximidades da Praça das Araras, em Campo Grande. Nesta segunda-feira (7), o vendedor de frutas retorna ao ponto tradicional que trabalha há 20 anos, sem titubear em desistir da lida.
O incêndio aconteceu entre a noite da última quinta (3) e madrugada de sexta-feira (4). Noel relata o espanto ao ver o veículo adaptado para vender abacaxi e morango. Ele acredita que o fogo tenha sido provocado por usuários de droga que insistem na região. O coreto e banheiros estão sendo usados como abrigo há meses. O trabalhador diz que a situação de vulnerabilidade espantou turistas e eventos ao ar livre há, pelo menos, seis meses.
A Kombi havia sido comprada há quatro anos, antes ele usava um caminhonete C10, que também teria sido alvo de vandalismo há sete anos. Ela havia sido comprada por valor entre R$ 8 e 10 mil, recebendo adaptações com ferro e lona para a exposição do produtos. Agora, Noel tem que expõe os morangos em palhetes.
“Não sou aposentado, falta três anos. Queimaram meu ganha pão, mas fazer o quê? Tenho que continuar trabalhando. Agora, peço carona para um amigo para ir ao Ceasa ou vou de carro de aplicativo, por volta das 4h30. O uso de drogas é um problema crônico aqui, tinha feira de artesanato e não tem mais aos sábados. O banheiro está depredado, abandonado, espanta o turista”.
A única solução é vender o veículo como sucata para o ferro velho, pois para tentar arrumar teria que desembolsar mais de R$ 4 mil, o que estima, mas parte do motor também foi atingido pelo fogo.
“Não tenho preguiça de trabalhar, se fosse outro iria abandonar. Tem cliente que me conhece, que compra comigo há anos. Vou continuar trabalhando”, relata.
Apesar de não desistir, as dificuldades continuam prejudicando o trabalhador. Para quem se solidarizar, o contate Noel é o (67) 99264-0607.
Mulher presa pelo incêndio
Uma mulher foi presa pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) em surto após o crime, chegando a morder um agente. Durante a prisão, ela confessou que usou álcool e fósforo para causar o incêndio. Ela teria se vingado por trabalhar após uma desavença.
Fonte: Angélica Brizola com informações de Midiamax
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