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De helicópteros esquilo a aviões de asa fixa: SP conta com quase 40 aeronaves para combate ao fogo

As aeronaves se tornaram essenciais para o combate ao fogo em São Paulo, com operações históricas no mês de setembro em meio ao agravamento da situação. Elas são utilizadas para conter focos em regiões  de difícil acesso, como as áreas de preservação ambiental. São até oito horas de voo com despejo de 2 mil litros de água em menos de um minuto. A informação é da Agência SP.

O Governo de São Paulo conta com o apoio de 39 aeronaves, entre a frota própria dos helicópteros da Polícia Militar e horas de voo contratadas com empresas particulares especialmente para o combate ao fogo. 

Helicópteros e aviões são utilizados com base em critérios específicos. O Corpo de Bombeiros avalia o local do incêndio para depois acionar a aeronave mais adequada de combate ao fogo

Para incêndios em áreas de unidades de conservação ou reservas florestais localizadas em montanhas, que possuem difícil acesso, os helicópteros são as melhores opções. Esse tipo de aeronave consegue atuar com mais precisão em locais onde o acesso terrestre é limitado.

avião particular de asa fixa
Um dos oito aviões particulares de asa fixa que passou por adaptação para ajudar no combate aos incêndios. Foto: Sandro Souza/Governo de SP

Por outro lado, os aviões são mais eficazes em incêndios de grande extensão, especialmente em áreas de planície. Além de controlar o fogo, os aviões ajudam a reduzir as chamas, permitindo o acesso seguro dos bombeiros para ajudarem no combate por terra.

Os helicópteros utilizam o “bambi bucket”, um reservatório com capacidade para 600 litros de água, que é abastecido em fontes próximas, como lagos ou rios. Depois que essa água é despejada nos focos de incêndio, cada reabastecimento leva até 5 minutos.

Já os aviões recebem água por meio de bombas conectadas a caminhões-tanque ou reservatórios, permitindo o carregamento rápido de grandes volumes. Durante o combate, os aviões despejam até dois mil litros de água em 50 segundos, a uma altura superior a 10 metros, exigindo precisão por parte dos pilotos.

Essas aeronaves são mobilizadas por 5 a 8 horas diárias, dependendo da demanda. “No dia 14 de setembro, realizamos a maior operação aérea de combate aos incêndios já vista no estado de São Paulo, com 20 aeronaves simultaneamente em ação, extinguindo 22 focos de incêndio”, conta o porta-voz da Defesa Civil, tenente Maxwell Souza.

Atualmente, o Governo do Estado de São Paulo possui contrato de horas de voo com oito aviões particulares de asa fixa, que originalmente são usados na agricultura, mas foram adaptados para combate ao fogo. Além disso, pela primeira vez, foram contratados dois helicópteros modelo Esquilo de asa rotativa, também em regime de horas de voo, complementando os 29 helicópteros Águia da Polícia Militar disponíveis para emergências. Modelos como Águia 21, Águia 14 e Águia 16 têm sido essenciais nessas operações.

Entre 8 de agosto e 12 de setembro, mais de 760 mil litros de água foram lançados por 14 helicópteros da PM em áreas de incêndio. No dia 12 de setembro, o Águia 21 sobrevoou a área por quase oito horas, realizando 108 lançamentos com o “bambi bucket”.

Contratação das aeronaves

A contratação de aeronaves para combate às queimadas é realizada pela Defesa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente (Semil). O contrato é feito por hora de voo e os pagamentos são realizados conforme os serviços prestados. Já os helicópteros Águia da PM, por sua vez, são acionados pelos Bombeiros ou pela Defesa Civil, de acordo com a necessidade da situação.

De acordo com a Semil, se há necessidade de contar com mais aeronaves além dos Águia da PM, é feito o reforço nos combates com aeronaves particulares contratadas, tanto de asa rotativa quanto fixa.

Em ambos os casos, a contratação é planejada e realizada anualmente antes da estiagem, no sistema de Ata de Registro de Preços, com validade de 1 ano, sendo pagos somente os serviços executados. No momento, o Estado conta com a contratação de 1.200 horas de voo pela Secretaria do Meio Ambiente (Semil) e 200 horas pela Defesa Civil.

Com os quase R$ 6 milhões liberados no mês de setembro pelo Governo do Estado de São Paulo, foram contratadas mais 120 horas de voo para monitoramento e 300 horas de combate aéreo, totalizando 1.820 horas. O uso dessas aeronaves está previsto na Operação SP Sem Fogo.

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