REGIÃO
Profissionais de Educação Física de SP defendem importância da atividade física: ‘Tão importante quanto comer e dormir’
Manter a saúde em dia e reduzir danos físicos a médio e longo prazo não é tão complicado quanto parece. Simplificar a prática da atividade física é só uma das atribuições do profissional de Educação Física.
Servidores da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, Luis Carlos de Oliveira e Camila Jordão são graduados na área e vivem de propagar o bem-estar. Para eles, o profissional de Educação Física precisa ser esse fio condutor que leva um indivíduo a abraçar uma vida mais saudável.
“O principal trabalho de cunho social do profissional de Educação Física é capacitar as pessoas a utilizarem a prática de exercício no sentido de melhorar a sua condição de vida. As pesquisas científicas mostram que a atividade física cotidiana é tão fundamental quanto dormir e comer”, diz Luis Carlos, corroborando com o estudo feito pela Universidade de Harvard que estabelece que uma caminhada de 20 minutos por pelo menos cinco dias da semana reduz em até 43% as chances de uma pessoa contrair uma doença grave.
“Esporte inibe o uso de medicações – um pré-diabético, por exemplo, deixa de ter essa condição -, ajuda na função cognitiva das crianças, na socialização e diminui os gastos com a saúde pública”, complementa Camila.
Apesar dos esforços, um profissional de Educação Física não consegue mudar uma realidade global sozinho. É preciso que haja políticas públicas sólidas que estimulem e democratizem ainda mais a prática esportiva. “Se tivermos líderes que apoiem a atividade física, o esporte, vamos todos ganhar”, defende Camila.
Trabalhar com Educação Física também tem seus mitos, como o de que o profissional desse ramo precisa necessariamente ter aptidão em alguma modalidade. Nesse caso, o conhecimento acadêmico, empírico e das nuances que envolvem o esporte e a saúde do corpo são mais do que suficientes.
“O mais importante é ter um conhecimento geral. É preconceituoso achar que o profissional tem que dominar todas as modalidades ou ter praticado esporte em algum nível”, comenta Camila. “É relativo. Acontece no esporte de alto rendimento, com pessoas que não foram atletas de excelência, mas se tornaram bons técnicos. Na Educação Física é a mesma coisa. A vivência no esporte, sendo praticante ou não, contribui para o êxito profissional”, complementa Luis.
Mudar a vida das pessoas para melhor. É para isso que Camila e Luis Carlos trabalham. E o reconhecimento vem, cedo ou tarde. “Influenciei muita gente, alunos dos cursos de graduação. Mostrei como a atividade física é essencial”, comenta Camila. “Sou professor há 30 anos e nesse tempo ouvi de muitos alunos em eventos que me veem como referência que fui responsável por plantar uma semente”, conta Luis.
Mas e o futuro da área? Para Camila, o fato de atividades como a caminhada estarem cada vez mais populares dá ainda mais visibilidade ao profissional de Educação Física. “Essa área tem um futuro promissor. Existe a valorização do nosso trabalho, e os estudos mostram cada vez mais às pessoas como é importante se exercitar e como isso pode salvar vidas.”
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