ENTRETENIMENTO
4 irmãos policiais compartilham amor pela profissão
Neste Dia Do Irmão eles relembram histórias que dividiram e a influência que cada um teve na vida do outro
A união dos irmãos Ramos vai muito além do sangue. Todos eles compartilham a mesma paixão: a de ser policial. Maurício, de 50 anos, Marcos, de 53, Márcio, de 58 e Mauro, de 60, seguiram carreira na área da segurança pública. Nesta terça-feira (5), em que é comemorado o Dia Do Irmão, eles lembram as histórias que dividiram e a influência que cada um teve na vida do outro no momento de escolher a profissão.
Os quatro irmãos estudaram em um colégio da Polícia Militar e puderam acompanhar, desde cedo, os valores e princípios disseminados pela instituição. Além disso, o pai, seu Nelson, era policial, o que foi determinante para que todos seguissem a carreira na segurança. Seu Nelson faleceu em 2005, mas o legado deixado por ele na carreira foi passado para os filhos.
”Além de ter estudado no colégio da PM, meu pai me levava no quartel quando eu criança, e isso claramente despertou em mim o sonho de ser bombeiro”, relata o cabo Maurício, o caçula, que hoje trabalha no 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros. “Antes de eu prestar concurso, o Mauro, mais velho de nós, já era oficial, e isso foi muito importante para mim”, completou.
Mauro, por sua vez, ingressou na polícia por volta de 1983, e se espelhou em seu pai para servir. “Como eu era o mais velho, meu pai foi quem me influenciou”, conta. Seu Nelson entrou na Polícia Militar por meio da Guarda Civil, em meados de 1960, e, apesar de ter tido uma infância com muitas dificuldades, conseguiu fazer carreira militar e nela seguiu até alcançar uma das patentes mais altas da corporação, a de tenente-coronel. Mauro chegou a atuar ao lado do pai e guarda na memória esse momento. “Trabalhei sob seu comando no carnaval de 1986, quando era realizado na Avenida Tiradentes. Foram dias únicos”, conta ele, que, igual ao pai, também chegou a tenente-coronel.
O mais velho foi, com certeza, o pilar para todos os irmãos. “O Mauro teve um papel muito importante para eu atuar na carreira. Eu ingressei dois anos depois dele”, relatou o tenente aposentado Márcio, que trabalhou na Academia do Barro Branco junto com o irmão. “Ele era chefe da área de finanças e eu trabalhei no rancho, um setor subordinado ao dele. Conseguimos ajudar a implementar diversas melhorias, com muitas economias. O pessoal falava que os irmãos trabalhavam em harmonia, resultando em melhorias para o bem-estar de todos”, relembrou.
Já Marcos, apesar de ser o único que não seguiu carreira militar, também não escapou de ser um agente de segurança. O investigador, que já passou por diversas unidades da Polícia Civil, hoje é readaptado, mas ”sente muita satisfação por todas as realizações que ser policial trouxe”. A influência para seguir na profissão, como já era de se imaginar, também veio dos familiares. “Me sinto feliz pela união de propósitos entre nós. Ser policial é uma profissão de risco, mas isso nunca foi um limitador para mim e meus irmãos”, relata.
O fato de todos serem policiais criou laços além do grau de parentesco. “Todos nós crescemos um apoiando o outro. Temos muitos momentos nostálgicos que ajudaram a moldar o nosso caráter na profissão e fortaleceram ainda mais nossa união”, conta Márcio, ao relembrar quando compartilhavam as ocorrências das quais participavam para ter a opinião do outro. “Era um momento só nosso.”
Todos eles atuaram em ocorrências marcantes. Marcos, por exemplo, logo no início da carreira, participou do salvamento de duas crianças em situação total de abandono. “Essa foi uma das minhas primeiras ocorrências e eu já pude ver o que ser policial representava. Foi marcante”, relembra.
Maurício, por sua vez, conta quando salvou a vida de uma mulher que teve parada cardíaca e quando atuou no incêndio a uma refinaria em Santos, em 2015.
Já Mauro trabalhou no acidente envolvendo o avião de uma companhia aérea, em 1996, e também no acidente do metrô de Pinheiros, em 2007. Nesta última ocorrência, ele conta que os trabalhos seguiram ininterruptamente por uma semana. O caçula, Maurício, também atuou neste caso.
Um quinto irmão, hoje já falecido, também faz parte dessa história. Marcelo entrou na Academia do Barro Branco em meados de 1980, mas morreu ao completar 18 anos. ”Meu pai e meu irmão serviram de inspiração e força para enfrentar o dia a dia que a profissão exige”, conta Maurício. O sentimento de gratidão é compartilhado por todos os outros. “Eles fazem parte dessa jornada. Sempre serei muito grato a ele e ao meu pai e eles sabem disso de onde estiverem”, finaliza Marcos.
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