O número de pessoas em situação de rua no Brasil cresceu 163% em apenas seis anos. Em 2018, eram 116.799 pessoas, enquanto em agosto de 2024, esse número saltou para 308.277, de acordo com dados do Cadastro Único (CadÚnico). Essa população representa 298.071 famílias, em um universo de 94.587.894 indivíduos inscritos, pertencentes a 40.811.422 famílias. A informação é do Roni Paparazzi e Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
A pesquisa, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, aponta que jovens, analfabetos, negros e indígenas são os mais afetados. Além disso, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, crianças, adolescentes, famílias e população LGBTQIA+ também enfrentam diferentes graus de vulnerabilidade.
Para o ministro Wellington Dias, os dados devem ser usados para tornar as políticas públicas mais eficazes. “A gente hoje não só está trazendo esse importante caderno, mas também a oportunidade de que tenhamos uma atualização”, destacou.
A ministra Macaé Evaristo ressaltou que a população em situação de rua não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. “É um fenômeno de inúmeros países, que tem na sua raiz também as questões raciais, as disputas e os debates éticos e étnicos que o racismo produz.”
Os pesquisadores defendem a realização de um censo nacional da população em situação de rua para garantir políticas públicas baseadas em evidências concretas.
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